domingo, 29 de setembro de 2013

"Capacitação: Analistas desenvolvem analistas"

"Capacitação: Analistas desenvolvem analistas"
A diferença crucial entre as equipes esportivas e as corporativas é a capacitação. Enquanto os esportistas treinam 90% do seu tempo para estarem dentro do nível desejado de suas habilidades e competências, no ambiente corporativo falta tempo e capacitação. Dificilmente encontramos uma empresa com cargas horárias de treinamento e capacitação compatíveis às necessidades da função e do ambiente. Sempre encontramos as mais diversas desculpas para tal, até delegamos isso para nossos profissionais.
Sempre tive o posicionamento de que nossa carreira é um bem muito precioso para que deleguemos a terceiros, logo, entendo que se queremos algo melhor em nossa carreira e vida, precisamos buscar sempre nos capacitarmos. É isso que fará com que nos tornemos profissionais diferenciados, com competências atualizadas e obviamente, prontas para o mercado. Contudo, as empresas devem manter o conhecimento gerado internamente e muita vezes para isso, o treinamento intraprofissionais deve ser valorizado, além de ser uma das poucas formas de desenvolver suas equipes de maneira assertiva, afinal o Just in time é a chave deste modelo.
Dentro da teoria do ciclo virtuoso de ensino, devemos saber nos utilizar dos ensinamentos de Confúcio: “ouço e esqueço. Vejo e me lembro. Faço e entendo. Nesta linha, importante que nossos profissionais mais experientes ou com melhor desempenho, ratifiquem suas competências desenvolvendo outros profissionais. Isso certamente o trará uma maior maturidade e dará ao mesmo o implícito feedback do reconhecimento do seu trabalho.
É óbvio que não estou dizendo aqui que esta modelo substitui qualquer forma de capacitação. Está muito longe disso, afinal, treinamentos externos ajudam a mudança de visão, benchmarking e muitas outras oportunidades de troca e ganhos de conhecimento, mas o treinamento interno, mais focado em conteúdos técnico-operacionais do dia a dia, evita a grande perda de conhecimento tão rotineira nas organizações.
Há hoje uma dificuldade muito grande das empresas em demonstrar o ROI dos investimentos em capacitação, ora por conta do risco do investimento em profissionais que se vão muito rapidamente do ambiente, ora pelos custos elevados da manutenção dos mesmos nas operações, inteligente é fazer com que o conhecimento viva aquecido por profissionais chaves e preparados para assumirem posições mais estratégicas.
Algumas vantagens neste modelo de capacitação:
1.     Aumento da satisfação do profissional que assume esta tarefa.

2.     Melhora a visão do profissional que está recebendo o treinamento quanto às oportunidades de exposição na empresa.

3.     Mais envolvimento do analista com o negócio do cliente.
4.     Melhora na postura do profissional perante os colegas.
5.     Aumento de vínculo com a liderança.
6.     Desenvolvimento das competências de gestão da qualidade.
7.     Desenvolvimento de competências comportamentais.

Vejam que são grandes as oportunidades que temos quando temos a visão de desenvolver nossos profissionais e equipes. Desenvolvimento interno, novas oportunidades, melhor capacitação, motivação, manutenção de talentos, são frutos obtidos quando analistas desenvolvem analistas.  
Importante compreender também, que nem só de pão vive o homem. Os desafios também se apresentam, pois é necessário que o líder tome cuidados com algumas situações, a saber:
1.     Deixar claro ao profissional as oportunidades e importância desta atividade.
2.     Apoiar o profissional na interação junto aos colegas, afinal poderá ser alvo de críticas.
3.     Reconhecer de forma clara e explícita seu trabalho.
4.     Apoiar no desenvolvimento do conhecimento junto ao cliente e seu negócio.
Enfim, no ambiente de suporte e atendimento ao cliente, devemos sempre trabalhar em busca do desenvolvimento de nosso capital humano, tarefa que não é simples e muito esquecida pela maioria das empresas e líderes. Contudo, fazê-lo de qualquer maneira também não é uma solução, logo, acredito que podemos trabalhar de forma muito satisfatória a teoria do ciclo virtuoso de ensino, onde há muito o que fazer com as competências internas. Sabemos bem que o conhecimento explícito é muito menor do que o implícito devido à tudo que vivemos em nossos ambientes corporativos, mas devemos lembrar que vivemos na era da colaboração e que todos curtem e compartilham aquilo em que acreditam e informação como diferencial pode ser a grande oportunidade de fazer de seu ambiente um lugar mais integrado.


Abraços

Adilson Robes

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Desintoxicação comportamental

Por que muitas vezes não fazemos o que desejamos ? Por que não atingimos nossos objetivos ? Por que demoramos muito mais tempo do que deveríamos para atingir nossas metas ? Por que muitas pessoas estão infelizes ?
O que mais encontramos hoje em dia, são pessoas sem o real desejo de estar onde estão, trabalhando muitas vezes sem o direcionamento adequado e sem saber qual o seu real propósito de vida, ou seja, qual sua motivação para fazer o que faz.  Na maioria das empresas, a cada dia vejo mais iniciativas em busca de fórmulas inovadoras de gestão, assim como teorias intermináveis de liderança, buscando cada vez mais criar metodologias de retenção e manutenção de talentos *, transformadoras de ambientes, capazes de trazerem aos indivíduos, motivação para o trabalho, em consequência disso, maiores resultados para o negócio.
Não quero focar aqui nas empresas, pois para estas vou dedicar um artigo exclusivo.
Como gestor e professor, me deparo com profissionais desmotivados, despreparados e cada vez mais desafiados em suas vidas e carreiras, buscando desenfreadamente novos conhecimentos, afim simplesmente de se manterem nos cargos, mas de certa forma, sem a real motivação para tudo isso.
Esse ciclo vicioso acaba, de uma certa forma, trazendo uma necessidade enorme de alinhamento dos interesses entre profissionais e corporações, pois caso contrário, essa corrida do gato e rato, não acabará nunca e teremos sempre uma parte reclamando da outra.
È aí, que tanto as empresas quanto os profissionais destas estão buscando ajuda, afinal relembrando a conversa entre a Alice e o gato em “Alice no país das Maravilhas”- Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?- questionou Alice- Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato. Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice. Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.
Quando não sabemos onde queremos ir, qualquer caminho serve. Esse efetivamente é o grande problema encontrado na maioria dos profissionais. Enquanto alguns deles colocam no papel suas metas e objetivos, construindo seu PDI (Plano de desenvolvimento individual), seguindo o caminho das empresas com seu PDE ( Plano de desenvolvimento empresarial), a maioria caminha seguindo seu PDZP, ou seja, Plano de desenvolvimento Zeca Pagodinho, o famoso “deixa a vida me levar”.
É com esta missão que o “Coaching” chega com enorme força no mercado. Segundo Timothy Gallwey  , Coaching “ É uma relação de parceria que revela/liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar o desempenho delas. É ajudá-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas...”
O que o coaching faz é despertar no indivíduo o seu potencial, fazendo com que ele se encontre com sua realidade, seu desejo e acima de tudo com sua verdade, utilizando seus potenciais da melhor maneira, focando naquilo que lhe realiza, tudo isso alinhado com seus valores e princípios, criando um equilíbrio e uma consciência real de seus passos. É verdade que para que isso aconteça, a pessoa deve desejar a mudança. Sim, falo mudança, pois nada acontece sem que haja esforço, revisão de paradigmas, foco.
Isso não é fácil, pois as mudanças não se mantêm se não tiverem raízes, se não forem reais, de dentro para fora, afinal o desenvolvimento só acontece quando você está em harmonia com o meio em que vive e ambos evoluem, com mudança de comportamento, gerando novos hábitos, com determinação e investimento de tempo e acima de tudo, com metas claras, organizadas e estruturadas em um projeto de vida.
Aristóteles já dizia que a “Excelência não é um ato e sim um hábito”, o que me faz entender que o segredo está na escolha dos seus hábitos e que estes estejam em acordo com seus valores e princípios.
Costumo tratar esta mudança como um processo de desintoxicação, pois você precisa estar determinado à se livrar de certos hábitos, mudar seu comportamento, enfrentar os desafios das críticas de sua nova postura  e acima de tudo, atingir a sua real meta e objetivo. É preciso saber o que você vai perder e o que vai ganhar e assim fazer sua escolha.
Uma coisa é certa; com planejamento explícito, determinação e foco rumo às suas reais convicções e desejos, sua vida ganha sentido, seu propósito fica definido e com o acompanhamento de sua evolução, você estará sempre em uma busca tangível, dando-lhe noção de seu real potencial e capacidade. Faça isso, coloque no papel sua missão de vida, dê-se um prazo para atingir sua visão enquanto ser humano, coloque para fora tudo aquilo que não tem lhe feito bem, aprenda conviver com suas dificuldades, acredite em seu potencial de mudar sua vida. Sim, você pode, basta querer. Saiba que Jesus, antes de fazer seus milagres de cura, sempre questionava se este era seu real desejo, logo, até para obter um milagre é preciso desejar e exteriorizar realmente sua vontade.  Faça isso, busque sua desintoxicação comportamental, atinja suas metas e seja o que sempre desejou.

Sucesso !

domingo, 15 de julho de 2012

Conquistando o Imposssível ! Uma criação feita sob medida para profissionais que sabem que devem sempre ir embusca de suas metas e de seu objetivo !

Conquistando o Imposssível ! Uma criação feita sob medida para profissionais que sabem que devem sempre ir embusca de suas metas e de seu objetivo !

http://www.youtube.com/watch?v=ulGe035_RoM&sns=fb

terça-feira, 5 de junho de 2012

MANUTENÇÃO DE TALENTOS

Importante ressaltarmos o que nossa boa e velha língua portuguesa nos reserva quando falamos em “manutenção de talentos”. Na nossa atual literatura específica, encontramos muito sobre “retenção de talentos”, mas acredito que mais do que isso, o que precisamos é refletir sobre sua manutenção e não somente sua retenção.
 Retenção de talentos, no meu entendimento, são políticas utilizadas pela empresa, de forma unilateral, no intuito de que tenhamos o talento do profissional pelo maior tempo possível, disponível para que as metas desta sejam atendidas, ou seja, detemos a mão de obra ou o conhecimento do profissional em prol de uma meta.
 Já na manutenção de talentos, existe um trabalho de mão dupla, onde tanto o profissional quanto a empresa, unem esforços para manterem sua parceria no mais alto nível possível.

De um lado, a empresa espera que você some seus novos conhecimentos áqueles adquiridos ao longo de sua permanência nela e traga cada vez mais novas formas de alcançar os resultados esperados. Nessa premissa, a empresa adquire algo precioso no mercado, que se chama “competitividade” e você divide seu diferencial, se tornando um profissional de destaque, atingindo suas metas de crescimento pessoal e profissional.

Aprecio duas frases que ouço há muitos anos, que dizem que “ sua carreira é um bem muito preciso para que delegue à terceiros” e “nenhuma empresa é maior que as pessoas que a compõe”.  A parceria entre você e a empresa que lhe contratou, se baseia em resultados e oportunidades que são alcançadas de ambos os lados para que sejam atingidos os resultados almejados.

Como toda parceria, nada pode ser unilateral.  Se você não é incentivado, não trará novos resultados e a empresa o perderá , deixando de ter seu capital humano a disposição, o que pode levar um tempo precioso para que seja reposto e você obviamente, poderá partir para a concorrência, levando todo este conhecimento para quem lhe valorizar.
De outro lado, o que o profissional deve entender, é que todo crescimento vem acompanhado de um enorme desafio, ou seja, nunca haverá manutenção do talento por si só, mantendo-se as coisas como estão e o profissional fazendo a mesma coisa. Cada vez mais a empresa procurará lhe demandar mais, oferecendo-lhe mais desafios , ou seja, aumentando seu valor agregado à empresa.
Sendo assim caro profissional, caso seja você mais um destes profissionais que acreditam que retenção de talentos é uma premissa da empresa, tome cuidado e verifique o que isso representa.
Não retenha seu talento, expanda-o e o torne cada vez mais disponível. Seja um profissional diferente e desenvolva-se, não somente  para sua empresa , mas também para o mercado, pois é disso que ela necessita. Apresente sempre seu diferencial e acredite, sua oportunidade aparecerá no momento certo e para isso você deve fazer sempre a manutenção do seu talento. É lógico que no caso da empresa só trabalhar com a política de retenção e sua manutenção não ocorra, corra , pois o mercado está ávido por talentos humanos diferenciados. 
Think about !